Com café e olhar atento
Na janela te vi pela primeira vez
Cabelos escuros, olhar melancólico
Um mistério que me prendeu
Ao trabalho fui, mas imersa
Nos pensamentos em você
Despertador toca e café na mão
Olho a sua janela fechada
Dia se passa, rotina em vão
No trabalho, sou reconhecida
Volto para casa e sua janela ainda quieta
A noite casa e o cansaço me toma
Dor me desperta antes do amanhecer
Analgésico e café para aliviar
Na sua janela há um vaso de flores amarelas
Um sinal seu a me encantar
Dia de folga, descanso e leitura
Um mistério que perdura
Chuva na janela e a dor que diminui
Café na mão, a rua molhada
O vaso de flores amarelas ainda reluz
Pétalas brilhantes nesta manhã nublada
No trabalho, a mente vaga
A chuva acalma nesta noite
Sábado, sol e pássaros cantando
Café fora de casa e um gato se aproximou
Parque e feira, um dia a aproveitar
Volto para casa com novo amigo
Flores ao sol, janela a brilhar
Noite tranquila de sono leve
Gato me acorda e as suas cortinas balançam
Sem sinais de te ver
Volto do trabalho exausta
Banho quente, relaxo, pensamentos ocultos
Barulho à noite com a lua brilhante
Silhueta e faca, um arrepio a me gelar
Acordo com o gato miando sem parar
Café na cozinha, reflexo a atrair
Roupão macio, desejo a crescer
Mas preciso manter o foco
Volto do trabalho novamente exausta
Cortinas fechadas e um banho para relaxar
Sinto o toque quente da água
Sensação de relaxamento e prazer
Explorando cada curva e contorno
Em um momento íntimo de solidão
Fantasiando mãos delicadas me tocando
Revigorada me sinto ao sair do banho
Me deito na cama com uma camisola rosa
Mente vagando leve
Te encontro no sonho
Um toque sútil e uma conexão
Deliciosos beijos no pescoço
Calor crescente entre as pernas
Sigo a minha rotina habitual
Café, reflexão no espelho e trabalho
Um mistério na janela
Curiosidade alimentada
Cores vibrantes no reflexo matinal
Encontro silencioso à noite
O tempo passa num piscar de olhos
Pensamentos na mente inquieta
Fui promovida no trabalho
Recebi uma carta enigmática
Reflexões durante o outono e inverno
Compreendi que as respostas estão dentro de mim
Arthur Claro
Essa poesia foi criada após eu finalizar uma sequência de contos pequenos que escrevi no meu Instagram pessoal sobre a personagem que criei do nada para ninguém, foi só um momento de criatividade que surgiu e eu fui me inspirando e criando. Amanhã faço um compilado para apresentar os contos pequenos da June.